quarta-feira, março 19, 2008

Saia deste corpo que não te pertence!

Hoje vi em um caminhão, na estrada:

EU SOU +JESUS

O que me fez pensar em quem seria o inverso aditivo de Jesus e, afinal, de que corpo estamos falando.

quinta-feira, março 06, 2008

Relato sobre o Uruguay

Dizem que quando os espanhóis chegaram nas terras entre o Rio Grande e o Rio da Prata, as vacas já estavam lá. Então se seguiram combates, ferozes e sangrentos, entre os exploradores e as tribos de vacas nativas. Eventualmente, como aconteceu em todo lugar, os colonizadores subjugaram os povos nativos e mandaram as vacas para pastar.

Com o tempo, os primeiros uruguachos viram-se em situação parecida à dos espartanos. Não usando só tanguinhas e chamando o Raul, mas vivendo sob o temor de ser contra-atacado por uma população escravizada mas em vasta superioridade numérica. Daí, no Uruguay, ao invés do militarismo espartano e de toda a marra que fez sucesso nos cinemas do mundo inteiro, surgiu o churrasco. E a tradição, depois adquirida pelos gaúchos, de usar qualquer desculpa minimamente plausível para fazer um churrasco, assim ajudando a diminuir o número daquelas que podiam, um dia, se rebelar contra sua condição.

E embora tais costumes tenham sido absorvidos mais fielmente pelos gaúchos, por questão de proximidade geográfica, a idéia do churrasco acabou ganhando o mundo, e hoje todos desfrutam dessa magnífica invenção platina. Bem, não todos, mas a grande maioria. E, embora pense que talvez, no futuro, os meus descendentes possam me desprezar tanto quanto eu desprezaria um antepassado escravagista, só posso agradecer de viver em épocas menos iluminadas, e sentir pena pelos descendentes que assim pensarem, pois eles estarão privados para sempre de saborear um corte de picanha recém saído da brasa.

E ¡Viva el Uruguay!