quinta-feira, novembro 23, 2006

Essa tal complexidade

Hoje eu decidi falar um pouco sobre a tal teoria que dá título ao blog, a da complexidade das coisas. Mas a verdade é que está complexo me concentrar em qualquer coisa hoje. Para não sair muito do assunto, vou apenas dizer que tem a ver com uma vizinha do prédio ao lado, um andar abaixo do meu. E pára por aqui porque não é Querido Diário.

O propósito da teoria da complexidade é, em termos simples, classificar a dificuldade de resolver os problemas de alguma forma que seja possível compará-los. Ou seja, dizer, com base em princípios teóricos, que um problema é mais difícil, ou mais complexo, que outro. Por exemplo, se você está na praia de sunga, no auge hormonal da adolescência, e passa aquela gostosa e você sente algo se mexendo nos países baixos, é complexo, mas ficar vendo essa danada da vizinha embaixo todo dia provocando, sem poder fazer nada, aí é foda. Ou, de fato, não é, e este é o problema. Os problemas, então, diferem nas suas complexidades intrínsecas e nos melhores métodos para resolve-los. Se você está numa festa animada, cheia de mulher, e louco pra agarrar alguém, pode recorrer a métodos conhecidos, um dos mais populares sendo tomar uma quantidade razoável de álcool para perder a vergonha e sair dando em cima de quantas puder, até alguma suficientemente desesperada aceitar te dar uns beijos. Mas como chamar para sair a filha do vizinho, que é evangélico ferrenho daqueles da Assembléia de Deus que não deixa a menina nem usar nada que não seja uma daquelas saias no tornozelo? Esse tipo de problema que não tem nenhuma solução satisfatória é chamado de intratável.

Ah, antes que me acusem de pedófilo, o que tornaria o problema ainda mais complexo, aviso logo que a dita cuja tem 19 anos. Algo assim, foi o que eu soube. E bem, a questão da saia e da roupa composta me lembra de outro fator de complexidade do problema: como eu disse, ela provoca. Daqui do meu quarto dá pra ver o banheiro dela, pelo menos uma parte, o chuveiro mesmo fica coberto pela parede. Mas a doida aparece de vez em quando só de toalha, e fica lá um tempo em um lugar onde eu posso ver, e eu tenho certeza que é de propósito porque ela sabe que eu estou olhando. Apenas a toalha branca e os negros cabelos cacheados, e eu aqui querendo me perder nesses cachos quando devia estar estudando.

Mas voltando. Alguns problemas simplesmente não podem ser resolvidos, pelo menos não computacionalmente. Esses são chamados de indecidíveis. Como, por exemplo... ah, peraí, o que é esse movimento ali? Ai meu deus, ela de toalha de novo. O que fazer com uma dessas tentadoras malignas do inferno, eu acho, é um problema indecidível. Putz, e agora ela sentou num banquinho e está fazendo as unhas. Muito complexo isso. Peraí que eu vou ali achar o binóculo. Não me esperem de volta tão cedo.

2 comentários:

Mythus disse...

Chorei de rir!! HAHAHAHHA!!!

Xô ver se eu entendi: sua vizinha é um problema complexo do tipo intratável, já que há nenhuma solução satisfatória, embora possa ser resolvido.

Bruno R disse...

muito boa. entendam como quiser